Maria tinha sua carreira bem formada e estava estabelecida. Tinha um salário atrativo e conseguia pagar suas contas e ainda economizar. Até o dia em que foi demitida. Esse foi o começo da sua jornada do herói, que a levou a ser CEO de uma empresa conceituada em apenas 10 anos.
Ok, essa história pode não estar completa, mas demonstra bem o tema que tratarei neste post. Afinal, qualquer pessoa comum pode ser ou se transformar em um herói — e essa tática deve ser usada nas suas estratégias de marketing.
Criado ainda em 1949 pelo antropólogo John Campbell, esse modelo é uma das formas mais comuns de contar histórias. Por isso, garante resultados quando bem aplicada.
Esse é apenas um dos motivos para conhecer esse conceito. Neste post, explicarei exatamente por que vale a pena e como aplicar nos seus conteúdos. Confira!
O que é a jornada do herói?
Também chamada de monomito, a jornada do herói é uma estrutura de storytelling usada em mitos, romances, novelas e outras obras narrativas. A ideia é mostrar um protagonista e os diversos desafios enfrentados por ele para alcançar seus objetivos.
Apesar do conceito ter sido citado primeiramente por Campbell, o termo se tornou mais conhecido com Christopher Vogler, um sociólogo. Ele estudou várias civilizações e encontrou um tema central em todas as narrativas. É isso que conduz as histórias desde o começo dos tempos.
Portanto, essa estrutura pode ser aplicada a diferentes contextos. Por exemplo, você, a sua marca, os seus clientes, os seus parceiros e até o mercado podem ser os heróis, dependendo da história.
Como funciona a jornada do herói?
Para funcionar, a estrutura de storytelling conta com algumas etapas. Elas são divididas da seguinte forma:
- Mundo cotidiano;
- Chamado à aventura;
- Recusa do chamado;
- Encontro com o mentor;
- Travessia do primeiro limiar — que marca o momento em que o herói cruza uma fronteira e entra em um novo universo;
- Provas, aliados e inimigos — representa os desafios enfrentados pelo herói e como ele vai melhorando suas habilidades para ultrapassá-los;
- Aproximação da caverna secreta — é uma metáfora sobre o recolhimento do herói para questionamentos e capacidade de enfrentar seus medos;
- Provação — é a etapa mais difícil, em que ele enfrenta um inimigo muito poderoso;
- Recompensa;
- Caminho de volta ao mundo original;
- Ressurreição — é quando o inimigo ressurge para uma última batalha;
- Retorno com o elixir em segurança para seu mundo original.
Como aplicar a jornada do herói nos seus conteúdos?
Lendo as etapas apresentadas antes, talvez você tenha tido dificuldade para imaginar como aplicar a jornada de herói nos seus conteúdos. Afinal, de que forma adaptar esse contexto? Explicarei.
Para começar, você deve entender que o herói da sua história é o seu cliente. Veja:
- Mundo comum: é o universo atual do seu cliente. Ele tem um problema a solucionar, mas nem sempre sabe que ele existe;
- Chamado à aventura: é o reconhecimento do problema com a consequente busca por soluções;
- Recusa do chamado: são as objeções apresentadas pelo cliente. Você deve ultrapassá-las;
- Encontro com o mentor: é o momento em que o cliente conversa com sua empresa. Esse é o momento de transmitir confiança;
- Travessia do primeiro limiar: ocorre quando o cliente ultrapassa seus clientes para encontrar outro ponto de vista;
- Provas, aliados e inimigos: consistem na superação de receios e crenças limitantes;
- Aproximação da caverna secreta: é o momento anterior à decisão. É a hora de revisar as dores do cliente e apresentar os benefícios;
- Provação: é a busca pelo “sim” do cliente;
- Recompensa: é a conversão esperada;
- Caminho de volta: é representado pelo pós-venda, na qual o cliente tem a solução perfeita para resolver seus problemas.
Além de entender essa ordem, ainda existem outras dicas que ajudam a ter sucesso na aplicação da jornada do herói. Confira quais são elas:
- Tire sua equipe de marketing digital da rotina. A ideia é ter novos insights e encontrar saídas que ainda não foram encontradas;
- Utilize os seus principais aliados na estratégia: técnica, criatividade, conhecimento da buyer persona e brand persona. A buyer persona é a representação semifictícia do cliente ideal. Já a brand persona é um personagem que representa sua empresa. Ambas são importantes;
- Capacite a sua equipe para utilizar a jornada do herói. É importante conhecer os dois tipos de persona e ainda saber sobre storybrand, copywriting e escrita criativa;
- Tenha em mente que o storytelling serve para vender. No final das contas, o objetivo é o mesmo. Por isso, é necessário ter em mente com quem você está conversando para obter os melhores resultados. Assim, mantenha a sua identidade de marca para chegar a esse patamar.
Agora, a jornada do herói ficou mais simples, certo? Pois saiba que ela pode e precisa ser adaptada a cada caso. Dessa forma, você se conecta com os seus potenciais clientes e aumenta seu faturamento.
Falei bastante sobre Storytelling nesse conteúdo. Se despertou o seu interesse, leia nossas dicas e também o guia completo para se aprofundar.
8 comentários
Gratidão
Eu gostei
😍
Gostei
👏👏ótimo
Maravilha
Gostei muito
Interessante