É bem provável que você, em algum momento, já tenha adquirido algum conteúdo eletrônico. Seja o download de um e-book, uma assinatura on-line para a leitura de livros pelo celular, ou qualquer outro tipo de produto digital. O que você talvez ainda não saiba é que essa prática tem um nome: D-commerce, ou comércio digital.
Por meio do D-commerce, as empresas conseguem vender e entregar os mais diversos produtos on-line, o que é tendência no mercado atualmente. Para se ter uma ideia da dimensão do assunto, uma pesquisa realizada pela KPMG [leia aqui], mostra que os produtos digitais são o futuro do país.
Isso porque, conforme a Fundação Getúlio Vargas, há 447 milhões de dispositivos digitais no Brasil, isto é, são milhões de notebooks, tablets e smartphones sendo utilizados tanto para o uso pessoal, quanto profissional.
Neste cenário, fica claro o quanto as pessoas estão cada vez mais dependentes da tecnologia. Em outras palavras, o mundo on-line está adentrando, gradativamente, na vida de todos nós.
Você verá nesse conteúdo:
Em razão disso, neste artigo, você vai conhecer em detalhes o que é o D-commerce e como ele atua no mercado com as compras e vendas de produtos. Continue com a gente e tire todas as suas dúvidas sobre o assunto. Vamos juntos?
O que é D-commerce?
Sucessor do comércio eletrônico, o D-commerce, também chamado de Digital Commerce, trata-se de uma sub categoria do e-commerce que surgiu para que as empresas vendam e entreguem produtos on-line.
No entanto, não são apenas as transações on-line que entram nessa definição, o marketing, a manutenção, as vendas e a aquisição de produtos, incluindo redes sociais, smartphones e desktops, também fazem parte desse universo.
Todas essas atividades são utilizadas para que a oferta de promoção, conteúdo de desenvolvimento, análise, atendimento, conquista, retenção de clientes e experiência do consumidor seja assertiva em toda a jornada de compra. Ou seja, o D-commerce une as vendas ao marketing.
O digital commerce lida com os produtos e serviços digitais que não são concretos, como, por exemplo:
- músicas para download;
- webinars;
- educação on-line;
- hospedagem na web;
- serviços de streaming;
- softwares para download;
- entre outros.
Em outras palavras, o D-commerce é o processo de adquirir coisas on-line sem a intervenção humana, ou seja, de forma totalmente automatizada, desde o marketing até a conclusão da compra.
Como funciona o D-commerce?
O D-commerce é uma espécie de modelo pré-pago, no qual os clientes criam uma conta em uma determina empresa no digital, fornece as suas informações financeiras e, após isso, podem comprar conteúdos sempre que quiser e de forma segura.
Em outras palavras, a automação é o principal recurso do D-commerce e o omnichannel está sempre presente. Porém, para se ter sucesso, é preciso que tudo esteja bem nivelado, desde o desenvolvimento do produto, até a satisfação do consumidor.
Um grande exemplo disso é a Amazon, que além de e-commerce, também é uma empresa que cumpre com todos esses parâmetros e usa a automação sempre, sendo a grande representante desse comércio.
O Prime Vídeo, serviço de streaming da Amazon, garante que, uma vez que a sua conta tenha sido criada e o pagamento aprovado, você terá acesso a todos os conteúdos disponibilizados na plataforma.
Caso queira assistir a um filme que não está dentro do plano, basta alugá-lo, sem a necessidade de fornecer os dados do cartão de crédito novamente. O mesmo ocorre com o Kindle, também da Amazon, por meio de um valor mensal, são liberados diversos livros, sem a necessidade de mais dados.
Qual é a diferença entre D-commerce e E-commerce?
A diferença entre o D-commerce e o e-commerce é que no D-commerce os produtos comercializados são intangíveis e seu formato é apenas digital, ou seja, só é possível consumi-los nos dispositivos digitais. Já no e-commerce, os itens podem ser tanto tangíveis, como digitais ou serviços diversos.
No D-commerce, você pode vender os seus produtos digitais apenas por meio de um link para o armazenamento on-line ou em nuvem, enquanto no e-commerce, os produtos dependem de diferentes tipos de transações.
Os produtos vendidos no D-commerce, incluem:
- e-books;
- cursos on-line;
- fotos;
- ativos digitais;
- extensões;
- softwares;
- conteúdo multimídia;
- artes digitais;
- desenvolvimento de aplicativos;
- entre outros.
Em contrapartida, no e-commerce, os produtos vendidos podem ser de qualquer tipo, desde os digitais até os materiais para reformar uma casa, por exemplo.
Por intermédio do D-commerce, os serviços são todos entregues de forma on-line. Ou seja, são criados e hospedados em uma determinada plataforma ou sites e aplicativos móveis, sem depender de estoque e logística. Diferentemente do e-commerce, no qual todos os requisitos são essenciais e as despesas muito mais altas.
Além disso, o D-commerce possui uma grande vantagem, que é a isenção de problemas relacionados ao produto, como desgastes, danos ou envelhecimento. Benefício este, que o e-commerce não tem, uma vez que enfrenta diversos problemas com reembolsos, trocas e devoluções.
Outra vantagem é que o D-commerce possui um processo de venda automatizado, bem como a possibilidade de expandir a comercialização para sites afiliados. No entanto, uma grande desvantagem é que, na maioria das vezes, o D-commerce necessita de personalização intensiva dos produtos, uma vez que os consumidores precisam estar sempre atualizados das novas tendências.
Exemplos de D-commerce no ambiente de negócios
Para você entender melhor o D-commerce, vou mostrar os exemplos de sua aplicação no ambiente de negócios. De maneira geral, o D-commerce no ambiente de negócios, funciona em quatro categorias. São elas:
- B2B: Business to business;
- B2C: Business para consumidor;
- C2C: Consumidor para consumidor;
- C2B: Consumidor para business.
B2B: Business to business
No modelo B2B do comércio digital, as organizações vendem os seus produtos para outras empresas que precisam deles. Normalmente, esse tipo de negócio é maior e ocorre com menos frequência, ou seja, as soluções de assinaturas mensais ou anuais que são renovadas de forma automática.
Um bom exemplo do D-commerce B2B, são os produtos e serviços adquiridos sem a interação humana, como as ferramentas: Trello, Notion e Slack e softwares de automação como Lightspeed e o HubSpot, desenvolvidas para um melhor gerenciamento de empresas.
B2C: Business para consumidor
Bem semelhante ao B2B, o D-commerce para B2C tem a única diferença que o comprador é o próprio consumidor, isto é, uma pessoa que adquire algo para uso pessoal. Um exemplo desse negócio são os aplicativos de smartphone que pedem um único pagamento e são liberados automaticamente aos consumidores.
C2C: Consumidor para consumidor
No modelo consumidor para consumidor é um pouco mais complicado de compreender. Por esta razão, usei a Hotmart como exemplo. As vendas dos produtos digitais que ocorrem em plataformas como a Hotmart, são realizadas com automação total. Isso significa que, o consumidor faz a compra e o produto é enviado diretamente para o e-mail.
O C2C ocorre quando a plataforma é apenas a facilitadora da compra e o consumidor pode ser tanto o comprador, quanto o próprio vendedor.
C2B: Consumidor para business
No modelo C2B, uma pessoa física vende um produto digital para uma empresa. Para exemplificarmos, o Freepik possui esse modelo de negócio. Ou seja, pessoas físicas tiram fotos, gravam vídeos e desenvolvem artes editáveis, para que empresas dos mais diversos segmentos se beneficiem das imagens e vetores, por meio de assinatura mensal ou anual.
Por que o D-commerce surgiu?
Uma coisa é fato, o D-commerce surgiu devido ao comportamento do consumidor que passou a utilizar mais plataformas digitais para adquirir produtos e serviços. Além disso, a medida em que o uso da internet e dos dispositivos móveis se ampliou, a necessidade por soluções digitais também.
Por esta razão, as empresas perceberam a necessidade de ampliar o seu modelo de negócio e dar maior atenção aos canais digitais, para que a experiência de compra fosse ampliada. Isso significa que um e-commerce, nos dias atuais, também pode atuar como D-commerce, estendendo os seus serviços para atrair mais clientes.
Os negócios que ainda não investiram em d-commerce, tendem, a ficar para trás. Isso porque, os consumidores estão interessados em comprar soluções e produtos de forma mais simplificada.
Assim, migrando para esse modelo, as empresas conseguem atingir as expectativas dos clientes, gerar maior receita mensal e ainda maior nível de satisfação de seus consumidores.
Quais são os benefícios do D-commerce?
Os benefícios do D-commerce são inúmeros e abrangem os mais diferentes aspectos do negócio, desde estratégias até a receita final. Conheça abaixo alguns dos principais benefícios do comércio digital:
Otimização de processos
Normalmente, a jornada do consumidor é sempre mapeada com antecedência e composto por conteúdos específicos. No entanto, no D-commerce, a automação do marketing pode prever as necessidades do consumidor de forma mais ágil, fazendo com que as vendas ocorram com mais frequência.
Além disso, o comércio digital reduz significativamente o tempo de compra do cliente, especialmente no modelo B2C, isso porque, a maioria das aquisições são feitas de forma rápida e impulsiva.
Economia da mão de obra
Por ser totalmente automatizado, o D-commerce reduz a necessidade de contratação de mão de obra. Desta forma, o trabalho humano é liberado para se concentrar em outros desafios, enquanto o comércio digital se concentra nos dados e cuida dos processos de repetição.
Gerenciamento mais simples
Falando mais uma vez em automação, o D-commerce necessita de um gerenciamento mais simples. Isso porque, no e-commerce, por exemplo, é necessário contratação de pessoas, gerenciamento de desempenho, consolidação de vendas, entre outros desafios que o comércio digital não possui.
Melhor experiência do usuário
Os consumidores, de forma geral, buscam por uma experiência personalizada que somente o D-commerce pode oferecer. Isso porque, os clientes do digital sempre voltam para comprar mais. Um bom exemplo disso, são os serviços digitais da Amazon, isso porque, é bem comum um único cliente possuir o streaming e o Kindle ao mesmo tempo. Além disso, não é raro que voltem sempre para novas assinaturas.
Invista no D-Commerce!
Podemos concluir até aqui que, no mundo on-line, as coisas estão em constante evolução e, por esta razão, no comércio digital não poderia ser diferente. Se antes, estar presentes nas redes sociais era o suficiente, a necessidade atual é ir mais adiante.
O D-commerce é um grande aliado na conquista de mais clientes, isso porque, como foi falado no decorrer deste conteúdo, os consumidores estão cada vez mais digitais. No entanto, há um grande desafio de adaptação dessa área para que a ausência do contato com o cliente não o torne apenas uma estatística.
É fundamental personalizar produtos conforme o público da empresa. Isso significa que, se um negócio possui dois tipos de persona, ele deve focar em dois produtos diferentes para que assim, os clientes se sintam acolhidos pela sua necessidade e não comprando algo que é “bom para a maioria”.
Assim como nos streamings há diversas séries e filmes para todos os gostos, os demais nichos precisam pensar sempre que não existe apenas um cliente. É preciso investir em um D-commerce que tenha, acima da automação, a consciência da humanização, não deixando que o consumidor seja apenas um dado.
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