Na última segunda-feira (21), Donald Trump liberou seu primeiro aplicativo na App Store. O Truth possui design quase igual ao Twitter, e sua proposta é ser uma rede social “livre de discriminação política”.
O lançamento vem apenas alguns meses após o ex-presidente dos Estados Unidos ser banido do Facebook, Twitter, YouTube e outras plataformas. A medida foi tomada após Trump incitar a violência durante a invasão do Capitólio, em janeiro de 2021.
Apesar de problemas técnicos, Truth ficou em #1 nos downloads de apps gratuitos
O aplicativo entrou na App Store poucas horas após o anúncio. Entretanto, a estreia foi marcada por problemas técnicos. Muitos usuários obtinham falhas quando tentavam registrar suas contas, e recebiam o seguinte alerta:
“Devido à grande procura, colocamos você na lista de espera.”
Mesmo com certa insatisfação por parte dos usuários, o Truth rapidamente se tornou o aplicativo mais baixado da App Store estadunidense. Até o dia 22 de fevereiro, essa posição se manteve. O aplicativo conta com 3,5 mil avaliações e nota geral de 4,4 estrelas.
Design e proposta do aplicativo de Trump são muito parecidos com o Twitter
Ao examinar os screenshots presentes da App Store, não é difícil entender por que muitas pessoas apontaram a semelhança do Truth com o Twitter.
A proposta do aplicativo é similar a outras redes sociais: é possível criar um perfil e adicionar posts a ele, bem como ver o conteúdo de quem você segue em um feed. Entretanto, é no design que o Truth se aproxima mais ainda do Twitter.
Os “Truths”, como são chamados os posts da plataforma, possuem uma interface quase igual aos Tweets. O conteúdo é seguido pelas ações de responder, dar um “Re-Truth” (reproduzir o post no seu perfil), e curtir. A funcionalidade de Threads também está disponível.
No perfil, o usuário pode selecionar uma imagem de capa. Depois, os elementos são os mesmos do Twitter:
- contagem de seguidores e “seguindo”;
- bio;
- data de cadastro na rede social;
- localização;
- website;
- e filtragem de posts por Truths, Truths e Respostas, e mídia.
Por fim, usuários também podem trocar mensagens privadas. O screenshot compartilhado na página do aplicativo na App Store ainda alfineta o fundador da Meta, Mark Zuckerberg, e a suposta “falta de liberdade de expressão” em suas redes sociais.
Na imagem, o usuário @metamark diz, se referindo ao aplicativo Truth: “Eu não entendo… Por que essas pessoas não estão sendo censuradas? Nas nossas plataformas, você não pode falar sobre a verdade”.
Na sequência, afirma não saber o que é “liberdade de expressão”.
Truth só está disponível para usuários dos Estados Unidos
Até agora, o Truth Social só está presente na App Store dos Estados Unidos. Não há previsão ou indício de estreia no Brasil.