Não é de hoje que as marcas usam o Twitter como um termômetro da opinião pública. Afinal, a rede social é um espaço no qual as pessoas se sentem seguras para compartilhar seus pontos de vista sem filtro.
Ou, pelo menos, com menor ressalva do que em outras plataformas.
Sendo assim, o Twitter lançou um relatório chamado #RealTalk. O objetivo é analisar a atitude dos usuários em relação ao comportamento das marcas, entendendo o que o público espera de iniciativas de marketing nas redes sociais.
A iniciativa tem parceria com a Pulsar Consulting, uma empresa de consultoria empresarial alemã.
Abordagem global e espontânea
Em relação aos consumidores, o Twitter analisou 5.000 tweets espontâneos publicados entre junho de 2020 e fevereiro de 2021.
O conteúdo de 20 marcas distintas também integrou o estudo. Nesse caso, o período de publicação se estendeu de janeiro de 2018 a março de 2021.
Ambas as amostras têm abrangência global, sem distinção de países.
Destaques do #RealTalk
Para conferir todas as descobertas do Twitter, não deixe de olhar o relatório completo. Afinal, é tanta coisa que a gente não consegue trazer tudo aqui!
Mesmo assim, aí vão os pontos que consideramos mais importantes para profissionais de marketing digital:
Engajamento lá em cima
As pessoas estão prestando atenção no que as marcas escolhem divulgar em suas redes sociais. Nos Estados Unidos, quase todos os tipos de engajamento tiveram saltos entre 2019 e 2020.
Mas isso não é tudo. Elas também estão dispostas a elogiar e criticar as manifestações, de acordo com suas próprias crenças.
Por isso, o aumento do engajamento não necessariamente representa um cenário positivo para a reputação das marcas. Afinal, a manifestação de opiniões negativas não deixa de ser uma interação.
Integridade é prioridade
Não basta que as marcas usem as redes sociais para divulgar seus produtos. Ou, mesmo, para fornecer conteúdo humorístico ou meramente interessante.
A honestidade deve prevalecer, principalmente em momentos de crise. Bem como a coragem de abordar assuntos delicados, mas relevantes para o cenário político e social.
- 61% dos entrevistados afirmaram que “marcas devem reconhecer momentos de crise em suas campanhas de publicidade e comunicação enquanto elas estiverem ocorrendo”.
- 48% das pessoas entrevistadas afirma que “é mais importante que as marcas apoiem questões econômicas, sociais, políticas ou culturais, mesmo quando o problema não as afeta diretamente, do que era há um ano atrás”.
Mais do mesmo não cola
Uma crítica frequente foi de que as marcas estão cada vez mais homogêneas. As estratégias compartilham enfoques, tons de voz e palavras-chave.
Isso foi confirmado pelo Twitter, que criou um “teste cego” de conteúdo. Eles selecionaram alguns tweets e removeram todos os indicadores de marca. Depois, pediram para que as pessoas identificassem a marca entre uma lista de 5.
O resultado? Somente 1 em 3 pessoas acertou. Ou seja, falta às marcas incorporarem uma identidade própria às estratégias de marketing.
- 9 em 10 entrevistados disse valorizar marcas que possuem um senso forte de quem são.
Abaixo à generalização
As comunidades do Twitter estão cada vez mais diversas e diferenciadas. Consequentemente, as estratégias de marketing devem se comunicar com grupos específicos, e não com uma grande massa.
E não é preciso se preocupar com atender a cada cliente com todos os posts.
Os usuários entendem os nuances e não se ofendem quando não são 100% representados por todos os conteúdos da marca.
- 8 em 10 entrevistados concorda que “a voz de uma marca no Twitter deve refletir a diversidade total de seus clientes, e não apenas um tipo de consumidor”.
- 83% dos entrevistados concorda que “não se importa quando uma marca endereça membros de uma comunidade específica nas redes sociais, contanto que o faça com respeito”.
Leia o relatório completo
Para conferir o #RealTalk na íntegra, acesse a página e preencha o formulário com e-mail, empresa e país.