Já trabalhei em vários projetos de marketing digital, como profissional de agência ou freelancer, e sempre digo que a parte mais difícil é começar. Isso porque fazer um planejamento de marketing de conteúdo não é tão simples quanto muita gente pensa!
Nesse caso, eu queria ter tido acesso a esse post quando estava engatinhando com minhas primeiras estratégias. Mas como é tempo que não volta mais, me contentei em escrever esse conteúdo super completo para você.
Aqui, você encontra a definição de marketing de conteúdo e um passo-a-passo que detalha todas as etapas de um bom planejamento.
Ah, e já sabe: se ficar com dúvidas, a caixinha de comentários tá aí pra isso! Manda uma mensagem que a gente te ajuda. Agora, sem mais delongas. Bora pro conteúdo!
O que é marketing de conteúdo
Para entender a fundo, você pode ler nosso guia completo de marketing de conteúdo. Mas, rapidamente, veja a definição do fundador do Content Marketing Institute (CMI), Joe Pulizzi, no livro Marketing de Conteúdo Épico:
O marketing de conteúdo é o processo de marketing e de negócios para a criação e distribuição de conteúdo valioso e convincente para atrair, conquistar e envolver um público alvo claramente definido e compreendido, com o objetivo de gerar uma ação lucrativa do cliente.
Percebeu como ele diz “atrair” e “conquistar”? É porque a premissa desse tipo de marketing é trazer o público até você a partir da oferta de conteúdo de qualidade.
Ou seja, você está ajudando seus futuros clientes — e, “em troca”, vem a conversão.
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Como estruturar o planejamento de marketing de conteúdo
Se existe algo em que todos os profissionais de marketing de conteúdo concordam, é que o planejamento é estritamente necessário para o sucesso da estratégia.
Afinal, se tem algo que aprendemos com Round 6 é que não podemos dar passos em falso, né? Com o planejamento, você maximiza suas chances de pular no vidro temperado.
1. Defina os objetivos da estratégia
Entretanto, mesmo antes de saber que você precisa pisar no lugar certo, você precisa saber onde quer chegar.
No caso de Round 6, é fácil saber: do outro lado. Mas e no planejamento de marketing de conteúdo?
A estratégia deve seguir os propósitos gerais do negócio. Geralmente, a meta final de qualquer empresa é gerar receita. Mas existem várias maneiras de fazer isso, e é aqui que entra a definição de objetivos.
2. Escolha os KPIs principais
KPI é uma sigla para o inglês Key Performance Indicators, que pode ser traduzido como “indicadores-chave de performance”.
Em outras palavras, são as métricas que você vai utilizar para medir o sucesso das estratégias de marketing de conteúdo, de acordo com os objetivos que você escolheu no passo 1.
Por exemplo, quando estamos falando de um blog de um e-commerce:
Objetivo da estratégia | KPI |
Vender mais no e-commerce | Receita ou taxa de conversão a partir de usuários vindos do blog |
Gerar brand awareness | Visitantes únicos ou pageviews do blog |
Criar uma base de leads | Inscrições na newsletter ou conversões em landing pages |
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3. Crie público-alvo, brand persona e buyer persona
Muitas vezes, quem está começando no marketing digital faz bastante confusão com esses três conceitos. Mas saca só como eles são bem diferentes na prática!
Público-alvo
O público-alvo é uma definição geral que traz faixa etária, local de moradia, relacionamento, situação financeira, renda mensal, gostos, entre outras características.
Ele não deve ser uma personagem, nem criar especificações muito complexas. Na realidade, são informações generalistas que servem para dar um pontapé inicial aos processos mais aprofundados de criação de persona.
Brand persona
A brand persona não é uma representação do seu cliente, mas da sua empresa. Ela representa a atitude por trás da interação da sua marca com o público interessado.
Portanto, deve possuir características atraentes para ele, e que estejam de acordo com a comunicação e estilo de linguagem escolhidos para a marca.
Buyer persona
A buyer persona é uma personagem fictícia criada para ajudar a empresa a “entrar na mente” do cliente. Isso é, para tentar entender melhor seus comportamentos de compra baseado em suas características e hábitos.
Ela deve ser baseada em características reais dos consumidores, cuja recorrência pode ser avaliada a partir da análise de métricas.
4. Estruture o funil de vendas e a jornada do cliente
Essas são duas definições que ajudam a empresa a entender os pontos de contato com clientes futuros e atuais.
Funil de vendas
O funil de vendas traça as etapas que o público-alvo vai percorrer até chegar na conversão.
No caso do Inbound Marketing, ele começa quando o cliente está identificando que tem um problema e nem sequer pensa em buscar uma solução, o que seria o próximo passo para a descoberta da empresa e a etapa da consideração.
Hoje, existe até o Flywheel, que foi pensado como um “novo funil” para manter os consumidores que já converteram engajados com a empresa — e convertendo novamente.
Afinal, é mais barato manter um cliente existente do que adquirir um novo!
Jornada do cliente
A jornada do cliente é muito parecida com o funil de vendas, mas leva informações mais detalhadas. É como se o funil de vendas falasse com o público-alvo, e a jornada do cliente com a brand persona, sabe?
A jornada do cliente especifica quais os sentimentos que levam o cliente a buscar uma solução para um problema na sua empresa.
Mais do que isso, ela também esmiuça quais comportamentos permeiam o caminho até a conversão, o que pode ajudar no próximo passo do planejamento de marketing de conteúdo.
5. Construa pilares de conteúdo para cada etapa do funil
Após detalhar o funil de vendas e exercitar a empatia para se colocar no lugar do seu cliente, sua cabeça deve estar borbulhando com ideias de conteúdo.
É nesse momento que você deve começar a pensar em temáticas que sejam úteis ao consumidor em cada etapa da jornada com a empresa.
Ainda não precisa ser um calendário em si. Apenas uma ideia de temas gerais que podem guiar a pesquisa de palavras-chave e a definição das editorias do blog no futuro, por exemplo.
6. Escolha dos canais de distribuição
Grande parte do sucesso de um conteúdo depende da escolha certa dos canais de distribuição.
Quer um exemplo? Afirmo com tranquilidade que não vale a pena só produzir um texto otimizado para SEO e deixar ele parado no blog.
O conteúdo pode ser divulgado nas redes sociais, servir de apoio para tirar dúvidas dos clientes que contatam a equipe de vendas, ou mesmo receber tráfego a partir de Google Ads para ajudar no brand awareness.
Com uma boa estratégia de distribuição de conteúdo, você garante que ele será visto por mais pessoas e terá um impacto mais significativo na conquista dos objetivos do negócio.
Depois do planejamento de marketing de conteúdo, vem a execução
Com todo o planejamento da estratégia em mãos, começa a hora de executar! A boa notícia é que temos vários conteúdos que com certeza vão ajudar você nessa etapa. Olha aí:
- Como criar um blog de sucesso: documentação completa com modelos e guias para estruturar o plano de marketing de conteúdo;
- 8 dicas para criar conteúdos interessantes para o seu blog: quando bate o bloqueio criativo na hora de planejar as pautas, é útil ter algumas cartas na manga;
- Calendário de marketing: muitas ações de marketing de conteúdo são baseados no calendário de datas comemorativas onde a intenção de compra é maior;
- Marketing de busca: para entender o potencial do SEO aliado ao SEM (e qual é a diferença entre os dois);
- 3 estratégias para gerar leads qualificados: aprenda a coordenar ações para maximizar a construção da base de leads da sua empresa.