Após meses de especulação, os indicadores de experiência na página finalmente têm data para se tornarem sinais de ranqueamento do Google no desktop e em tablets. A implementação começa em fevereiro de 2022, com expectativa de conclusão até o final de março.
Quem compartilhou a novidade foi Jeffrey Jose, gerente de produto de pesquisa do Google, no blog oficial do Search Central. No ano passado, a atualização foi lançada em dispositivos mobile de forma gradual.
Além da consideração dos Core Web Vitals como indicadores de experiência na página no desktop, o Google também vai adicionar um novo relatório ao Search Console.
O objetivo é ajudar webmasters e profissionais de SEO a avaliar com facilidade qual porcentagem das URLs indexadas oferecem uma boa experiência ao usuário, e quais medidas podem ser tomadas para melhorar esse número.
O que é experiência na página?
A experiência na página também é chamada de Page Experience, e é definida pelo Google como:
indicadores [que] medem como os usuários percebem a experiência de interagir com uma página da Web e contribuem para nosso trabalho contínuo de garantir que as pessoas tenham uma experiência mais útil e agradável na Web.
Ou seja, é uma série de fatores que contribuem para chegar a uma média sobre o desempenho de uma página:
- Carregamento: medido pelo LCP (Largest Contentful Paint);
- Interatividade: medida pelo FID (First Input Delay);
- Estabilidade visual: medida pelo CLS (Cumulative Shift Layout);
- Mobile-friendly: se a página é compatível com dispositivos móveis;
- HTTPS: se a página possui certificado digital SSL válido;
- Intersticiais intrusivos: se a página possui anúncios invasivos, como pop-ups.
A única diferença entre a experiência na página para os dois dispositivos é a ausência da métrica de compatibilidade com dispositivos móveis, que não é necessária para a pesquisa no desktop.
Ou seja, a compatibilidade mobile não será um sinal de ranqueamento para pesquisas realizadas no desktop.
Como avaliar a experiência nas páginas do meu site
O Google disponibiliza uma série de ferramentas para avaliar os indicadores de Page Experience. Entretanto, o primeiro passo é entender o que são essas métricas e quais impactos elas podem exercer em uma página da Web.
Para isso, o Google criou um artigo central sobre a experiência na página.
Lá, você pode acessar a documentação de cada indicador no detalhe. Também há uma seção com todas as atualizações recentes sobre Page Experience, útil para ficar a par das últimas modificações e novidades.
Agora, vamos às ferramentas. Uma delas é o próprio relatório de experiência na página, que fica na aba “Experiência” na barra lateral do Google Search Console.
Para avaliar métricas específicas de carregamento, como os Core Web Vitals, é possível utilizar o PageSpeed Insights, que vai ganhar uma nova versão ainda em 2021. A ferramenta usa dados de campo e laboratório para indicar quais aspectos do carregamento de uma página precisam ser otimizados.
Profissionais de SEO podem esperar grandes impactos no tráfego?
Não há motivo para pânico! Se você já encarou a adição do Page Experience em dispositivos mobile no ano passado e não identificou grandes flutuações de tráfego, é provável que o cenário se repita para a implementação no desktop.
De acordo com o Google:
Como dissemos antes, essa atualização foi desenvolvida para destacar páginas que oferecem ótimas experiências para o usuário. No entanto, a experiência na página continua sendo um dos muitos fatores considerados por nossos sistemas. Por isso, de modo geral, não deve haver mudanças drásticas para os sites. Além disso, como estamos implementando a mudança como um lançamento gradual, monitoraremos eventuais problemas inesperados ou não intencionais.