Arquitetura do Site

Criar um site do zero é um grande desafio e exige bastante planejamento e estratégia. Na hora de começar, um dos primeiros passos é pensar na arquitetura do site, a estrutura que será utilizada para hierarquizar e identificar as páginas. Concentrando os esforços que essa etapa requer, você pode tornar a navegação do seu site mais amigável e intuitiva para usuários e rastreadores de motores de busca.

No post de hoje, abordaremos possíveis maneiras de elaborar e otimizar essa organização. Vem que a gente te explica! 🙂

Como definir a hierarquia das páginas

Antes de botar a mão na massa e criar as páginas do seu site, é importante planejar uma estrutura para que a navegação não fique confusa. Uma arquitetura bem organizada não só ajuda os usuários a navegarem de maneira mais intuitiva e agradável, mas também auxilia os rastreadores de busca a compreenderem a função de cada uma das páginas do site e a mostrá-las em resultados de pesquisa de maneira mais efetiva.

Determine o objetivo do site

Para elaborar um planejamento de navegação eficaz, o primeiro passo é analisar o propósito do seu site.

Qual o objetivo do seu site como um todo e de cada uma das
páginas envolvidas na jornada do usuário?

Considere as necessidades do usuário que acessará o seu site e construa um fluxo que leve em consideração tanto a intuitividade na hora de navegar quanto a hierarquia composta pelas páginas.

Se o seu site for um e-commerce de sapatos, por exemplo, você pode separar seus produtos em grandes categorias (feminino, masculino e infantil) e depois segmentá-los em subcategorias (tênis, chinelos, sandálias e botas). Como exemplo, dê uma olhada em como a Dafiti faz essa organização.

O curso natural da estrutura sempre deve ir do mais abrangente para o mais específico, passando por páginas que abrangem vários conteúdos (uma página de categoria com todos os tênis de corrida vendidos na loja) para chegar em uma página de conteúdo individual (uma página de produto com um modelo de tênis de corrida específico).

Faça uma pesquisa de palavras-chave

Mas como decidir a nomenclatura específica dessas páginas? Para elaborar uma boa arquitetura para o seu site, é importante dar atenção especial à pesquisa de palavras-chave. Com o auxílio de plataformas como o SEMRush, é possível estudar os hábitos de busca dos consumidores e, assim, adequar a sua estratégia de categorias.

No e-commerce de sapatos que mencionamos anteriormente, por exemplo, uma dúvida plausível seria como nomear uma das principais categorias do site: sapatos masculinos ou sapatos para homem? Ao fazer uma pesquisa de palavras-chave, você poderá descobrir o volume de buscas de cada uma das opções e otimizar o seu site para que os clientes que estão procurando pelo que você oferece consigam encontrá-lo facilmente.

Não sabe por onde começar para fazer uma pesquisa de palavras-chave?
Esse conteúdo pode te ajudar!

Confira algumas dicas úteis

Ao mapear as necessidades de categorias e subcategorias, é necessário atentar-se para o excesso. Muitos níveis hierárquicos podem fazer com que o usuário tenha que navegar por um grande número de páginas para chegar a um determinado produto. Preste atenção e verifique se todas as páginas podem ser acessadas através de um esforço simples, que não desencoraje o usuário em sua procura. Além disso, certifique-se de que todas as páginas podem ser acessadas através da navegação. Se não, corrija através da inserção e alteração de links ou adicione uma ferramenta de pesquisa interna no site.

Outra boa dica é procurar sites que tenham o mesmo propósito que o seu e analisar a estrutura utilizada por eles. Assim, é possível identificar erros e acertos e incorporá-los à sua estratégia. Tome a posição de usuário e pergunte-se:

  • Eu consigo achar determinado produto (ou tipo de produto) com facilidade?
  • Minha jornada é interrompida ou dificultada em determinado ponto por causa de alguma funcionalidade (ou falta dela)?
  • É agradável navegar por esse site?

Use listas de localização atual

Para facilitar a navegação e a compreensão da estrutura do site, é comum que o caminho percorrido pelo usuário seja exibido em cada uma das páginas acessadas por ele. Esse recurso é chamado de lista de localização atual, mas também é conhecido como breadcrumbs.

Além de permitir ao usuário a familiaridade com a arquitetura do site, a lista de localização atual também auxilia no retorno para um determinado ponto da jornada que levou o usuário até aquela página. Essa funcionalidade é especialmente interessante para sites grandes, já que facilita a exploração de páginas.

Para exemplificar, digamos que o usuário tenha acessado o nosso e-commerce de sapatos. Ele navegou até chegar em uma página de produto de um determinado modelo de bota feminina estilo coturno. Nesta página, será mostrado o caminho que o usuário percorreu até chegar ali, como no exemplo a seguir: da categoria mais ampla (sapatos femininos) para a categoria mais específica (botas tipo coturno) e, finalmente, para a página de produto.

Podemos identificar essa funcionalidade no site da Dafiti, que já usamos como exemplo nesse mesmo texto. Replicamos aqui a lista de localização atual apresentada em uma página de produto como o mencionado no parágrafo anterior.

Início > Feminino > Calçados Femininos > Botas > Coturno e Biker
Se você quiser saber mais sobre breadcrumbs, é só ler esse guia elaborado pelo Google, que está super completo e traz vários exemplos de uso.

Crie um mapa do site e um sitemap.xml

A criação de alguns recursos pode facilitar a navegação para usuários e motores de busca. Uma boa ideia é ter um mapa do site, que consiste em uma lista, organizada por hierarquia, de todas as páginas do site. Lá, os usuários podem visualizar a estrutura do site como um todo e localizar determinados conteúdos mais facilmente, sem ter que percorrer um determinado caminho. Para visualizar um exemplo, confira o mapa do site da Schumann, loja especializada em móveis e eletrodomésticos.

Para os motores de busca, a opção mais adequada é um sitemap.xml, um arquivo onde as páginas de um site são dispostas de maneira a informar aos robôs o que deve ser rastreado. Você pode criar o seu manualmente ou fazer uso de ferramentas que automatizam esse processo, embora a segunda opção seja sempre a mais recomendada.

Não esqueça da página de erro 404

Caso o usuário digite alguma URL errada ou clique em um link quebrado, ele será redirecionado para uma página que não existe. É importante ter uma página 404 personalizada para esses casos, já que isso diminui a probabilidade do usuário encerrar sua sessão no site.

Para criar uma página 404 adequada, mantenha o mesmo design do resto do site e inclua links para a página inicial ou outros conteúdos interessantes. Assim, há uma chance maior do usuário simplesmente clicar no próximo link e continuar a navegação, ao invés de fechar a aba ou voltar para os resultados de busca, caso ele tenha chegado no site através de uma pesquisa. Apenas lembre-se de evitar que páginas de erro sejam indexadas pelos motores de busca.

Como funcionam as URLs

Para organizar a estrutura de um site e tornar a navegação mais amigável e intuitiva para usuários e rastreadores de motores de busca, é necessário dar atenção especial às URLs. Cada conteúdo, seja uma página, arquivo ou diretório, precisa ter uma URL exclusiva para que seja indexado e exibido corretamente nos resultados de pesquisa.

Entenda a estrutura da URL

Uma URL pode ser composta por vários elementos, como protocolo, nome do host, caminho, nome do arquivo, string de consulta e fragmentos. Como veremos abaixo, alguns desses atributos são obrigatórios e outros opcionais.

  • Protocolo: é o ponto de partida da URL e tem duas variações, http:// e https://. O Google recomenda que, por questões de segurança, https:// seja usado sempre que possível.
  • Domínio/nome do host: é o nome do seu site, ou seja, a identidade exclusiva que será utilizada para destacar o seu conteúdo na web.
  • Subdomínio: são extensões do domínio que levam a diferentes seções do site;
  • Caminho e string de consulta: são as instruções que definem qual conteúdo do seu servidor será acessado;
  • Slug: é a parte da URL que indica um conteúdo específico do site. É importante notar que o slug está dentro do caminho e deve ser de fácil leitura;
  • Fragmento: é a parte da página para qual o navegador se desloca. Os motores de busca tendem a ignorar os fragmentos, já que o conteúdo da página geralmente se mantém o mesmo.

Uma URL com todos esses atributos se parece com isso:

protocolo://subdominio.dominio.tld/caminho/nomedoarquivo?stringdeconsulta#fragmento

No exemplo abaixo, usamos uma URL do blog Ajuda Mateada para identificar esses elementos. Dá uma olhada:

Atributos que fazem parte da estrutura de uma URL

Perceba como os únicos atributos obrigatórios são o protocolo e o nome do host; uma URL só com eles leva à raiz do site, ou seja, a página principal que inicia a navegação do usuário.

Além disso, é importante notar que o protocolo e o nome do host são os únicos atributos que nunca são sensíveis à capitalização: caminhos, nomes de arquivo, strings de consulta e fragmentos, por sua vez, podem diferenciar maiúsculas de minúsculas. Isso vai depender do sistema operacional e do servidor instalado, então fique de olho nesses fatores.

Considere o conteúdo da URL

Assim como uma lista de localização atual ou um mapa do site, a URL pode ajudar os usuários e rastreadores a compreender a estrutura de um site. Para facilitar esse entendimento, você deve criar um padrão simplificado para as suas URLs e aplicá-lo em todas as páginas do site. Veja algumas dicas:

Use palavras relacionadas ao conteúdo

É muito mais fácil compreender o propósito de uma página se a URL for composta por palavras que façam referência ao conteúdo ao invés de números e códigos específicos, por exemplo. Ao criar URLs, tente ser o mais específico possível sem ser redundante, levando em conta o que se encontra no corpo da página.

Baseie-se na estrutura do site

As URLs devem ser integradas com a estrutura hierárquica definida para as páginas do site. Usando o exemplo do e-commerce que vimos em seções anteriores: se um produto está na subcategoria sandálias, que por sua vez está na categoria de sapatos femininos, faz sentido a URL consistir de uma estrutura como /calcados-femininos/sandalias/produto1.html. Quando você elaborar essa estrutura, mantenha em mente que só poderá usar um número limitado de subcategorias, para que a navegação não seja prejudicada e as URLs não fiquem longas demais.

Siga as recomendações de nomenclatura de arquivos

Para otimizar suas URLs, não utilize caracteres especiais, espaços ou acentos nos nomes de páginas e arquivos. Separar palavras com a ajuda do hífen, não utilizar letras maiúsculas e nomear arquivos baseando-se no conteúdo também são boas práticas.

Agora é só botar a mão na massa!

Prontinho! Ponha essas dicas em prática para criar uma arquitetura que torne a navegação pelo seu site mais agradável e intuitiva para o usuário, além de ajudar no ranqueamento dos motores de busca. Se você tem alguma outra informação útil ou quer compartilhar sua experiência, é só escrever um comentário! Vamos adorar receber a sua contribuição 🙂

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